O intelecto humano

Os textos da Rajão e Athayde são especializados porque são produzidos com a finalidade específica de não deixarem brechas para terceiros entrarem com pedidos de oposição indevidamente. Nossas traduções são feitas e revisadas segundo os fundamentos da criatividade, intuição, liderança e inovação. Esses fundamentos são faculdades inerentes ao intelecto humano que detém o único mecanismo que consegue racionalizar e promover a defesa da Propriedade Intelectual, ao contrário da máquina cujas bases são meras estatísticas e facilmente burladas.

Nossa empresa traduz uma infinidade de exigências formuladas pelo INPI nas quais os Examinadores apontam discrepâncias na invenção. A existência dessas discrepâncias se dá na maioria das vezes em razão de uma tradução extremamente ingênua.

Um exemplo simples, porém de importância considerável, são os artigos definido e indefinido em uma patente e sua relação de qualidade e quantidade. A omissão ou troca de um por outro não chegará a indeferir um pedido de patente, porém, em face de tal uso equivocado, o cliente, até conseguir explicar-se, já terá contraído despesas tentando provar que, em português, a escrita do artigo indefinido um e do numeral um é a mesma e que ele não está fazendo alusão à quantidade, mas sim dando uma definição qualitativa ao substantivo dentro da frase.

A opção terminológica em nossas traduções acontece mediante escolha minuciosa dos termos específicos pertencentes a cada assunto para que a compreensão se dê com clareza, sem ambiguidades. Nosso foco na linguagem especializada permite que selecionemos a opção correta da terminologia, o que só acontece depois que analisamos uma determinada palavra no ambiente semântico em que ela está ocorrendo, onde ela surge, e de uma forma que o leitor se identifique com a combinação dos termos e expressões, ou seja, com o texto em si.

A pesquisa pelos termos e o estudo de sua real acepção no contexto específico são cruciais para que o conteúdo não soe ingênuo ou falso ao versado naquela técnica. Recomendo a todos os meus tradutores que antes de iniciarem uma tradução conheçam o campo da técnica e se integrem com a forma de falar dos especialistas, ambientem-se com aquela área de conhecimento e, então, de maneira complementar e categórica, vão aos dicionários.

Para uma possível e recorrente pergunta relacionada à suposição de que qualquer técnico pode traduzir uma patente, a resposta é incisiva: não! É preciso ter treinamento e preocupação não só com a tecnologia, mas com a Língua e com a personalidade do texto. De nada adianta ter apenas o conhecimento da área especializada; há de se ter o conhecimento linguístico para poder decidir novamente com criatividade, intuição, liderança e inovação qual o melhor termo ou expressão visto que nesse momento o nosso foco é a defesa da Propriedade Intelectual.